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Foto do escritorMonica Kulcsar

Osteoporose: prevenção e exames regulares podem evitar enfraquecimentos dos ossos, dores e fraturas



O osso é um tecido vivo que está em constante regeneração e substituição. A osteoporose ocorre quando a renovação do osso não acompanha o ritmo da perda óssea.


A partir deste processo, ocorre o enfraquecimento dos ossos, que se tornam tão quebradiços que uma queda ou mesmo tensões leves, como curvar-se ou tossir, podem causar uma fratura. As fraturas relacionadas à osteoporose ocorrem mais comumente no quadril, punho ou coluna vertebral.


A osteoporose pode afetar homens e mulheres de todas as raças. Mas mulheres brancas e asiáticas, especialmente aquelas que já passaram da menopausa, são as que correm mais risco. Manter uma dieta saudável e realizar exercícios que envolvem levantamento de peso são medidas que podem ajudar a prevenir a perda óssea e fortalecer os ossos.


Sintomas


Em geral, o início do processo de perda óssea não causa sintomas. No entanto, uma vez que os ossos já estão enfraquecidos pela osteoporose, podem ocorrer sinais e sintomas como:


  • Dores nas costas, causadas por uma vértebra fraturada ou colapsada

  • Perda de estatura ao longo do tempo

  • Postura curvada

  • Ossos que quebram mais facilmente do que o esperado


Causas


Comparando um osso saudável com outro que se tornou poroso devido à osteoporose

Os ossos estão em constante estado de renovação. Quando jovem, o organismo produz osso mais rapidamente do que a perda óssea, promovendo ganho de massa óssea. Depois dos 20 anos de idade, esse processo passa a diminuir. A maioria das pessoas atinge o pico de massa óssea aos 30 anos. À medida que as pessoas envelhecem, a perda de massa óssea é maior que o ganho.


A probabilidade de desenvolver osteoporose também está relacionada à quantidade de massa óssea adquirida na juventude. Quanto maior for o pico de massa óssea, mais osso você terá "em estoque" e menor será a probabilidade de desenvolver osteoporose ao longo da vida.


Fatores de risco


Vários fatores podem aumentar a probabilidade de desenvolver osteoporose, incluindo idade, raça, estilo de vida, histórico de saúde e tratamentos médicos.


Alguns fatores de risco para osteoporose, portanto, estão fora do nosso controle, como por exemplo:


  • Gênero: mulheres são muito mais propensas a desenvolver osteoporose do que os homens

  • Idade: quanto mais velho, maior o risco

  • Origem: o risco é maior entre indivíduos brancos ou asiáticos

  • História de família: descendentes diretos com osteoporose sugerem maior risco, especialmente se houve consequente fratura de quadril

  • Estatura: pessoas com baixa estatura tendem a ter um risco maior porque podem ter menos massa óssea para extrair à medida que envelhecem


Níveis hormonais


A osteoporose está também relacionada aos níveis de determinados hormônios produzidos pelo organismo, seja pelo excesso ou pela falta deles.


  • Hormônios sexuais: níveis reduzidos tendem a enfraquecer os ossos. A queda nos níveis de estrogênio em mulheres na menopausa é um dos fatores de risco mais fortes para o desenvolvimento de osteoporose. Tratamentos para câncer de próstata, que reduzem os níveis de testosterona em homens, e tratamentos para câncer de mama, que reduzem os níveis de estrogênio em mulheres, provavelmente aceleram a perda óssea.

  • Tireoide: elevados níveis do hormônio da tireoide podem causar perda óssea. Isso pode ocorrer caso a tireoide seja hiperativa ou por conta de hormônio tireoidiano tomado para tratar a tireoide hipoativa.

  • Outras glândulas: a osteoporose também tem sido associada à hiperatividade das glândulas paratireoide e adrenal.


Fatores dietéticos


A osteoporose está diretamente relacionada à alimentação. A probabilidade da doença é maior nos seguintes casos:


  • Cálcio: a baixa ingestão de cálcio ao longo da vida contribui para a diminuição da densidade óssea, perda óssea precoce e aumento do risco de fraturas

  • Distúrbios alimentares: restringir severamente a ingestão de alimentos e estar abaixo do peso enfraquece os ossos

  • Cirurgia gastrointestinal: procedimentos com objetivo de perda de peso ou para tratamento de distúrbios gastrointestinais, que levam à redução do estômago ou remoção de parte do intestino, limitam a absorção de nutrientes, incluindo o cálcio.

  • Esteroides e medicamentos: o uso prolongado de esteroides e medicamentos corticosteroides orais ou injetáveis, como prednisona e cortisona, interfere no processo de reconstrução óssea.

  • Condições médicas: o risco de osteoporose é maior em portadores de doença celíaca, doença inflamatória intestinal, doença renal ou hepática, câncer, mieloma múltiplo, artrite reumatoide.


Estilo de vida e saúde


Além da alimentação, outros hábitos de vida podem aumentar o risco de osteoporose, como por exemplo:


  • Sedentarismo: praticar atividade física é indicado para a prevenção de diversas doenças, assim como a osteoporose. Neste caso, alguns exercícios são ainda melhores. Levantamento de peso, atividades que promovam equilíbrio e boa postura são os mais indicados para o fortalecimento dos ossos, assim como caminhar, correr, pular ou dançar

  • Bebidas alcoólicas: o consumo regular de mais de duas doses por dia aumenta o risco de osteoporose

  • Tabagismo: assim como em diversas outras doenças, o uso do tabaco contribui para o enfraquecimento dos ossos e deve ser evitado.


Complicações


As fraturas ósseas, particularmente na coluna ou quadril, são as complicações mais graves da osteoporose. Geralmente são causadas por quedas e podem resultar em incapacidade e até mesmo em aumento do risco de morte.


Em alguns casos, as fraturas podem ocorrer mesmo sem a ocorrência de quedas. No caso da coluna vertebral, pode haver um colapso, resultando em dores nas costas, perda de estatura e postura curvada para a frente.


Prevenção


Uma boa nutrição e exercícios regulares são essenciais para manter os ossos saudáveis ao longo da vida.


• Cálcio


Homens e mulheres entre 18 e 50 anos precisam de 1.000 mg/dia. Essa quantidade aumenta para 1.200 mg/dia quando as mulheres completam 50 anos e os homens 70.

Fontes de cálcio: Laticínios com baixo teor de gordura; folhas verde-escuras, peixes, como salmão ou sardinha; produtos de soja, como tofu; cereais enriquecidos com cálcio e suco de laranja.


Atenção: assim como a falta de cálcio, o excesso também é prejudicial à saúde. Por este motivo, somente faça uso de suplementação sob a orientação de um médico.



• Vitamina D


A vitamina D melhora a capacidade do corpo de absorver o cálcio e melhora a saúde óssea em geral. Além da exposição à luz solar, a vitamina D está presente no óleo de fígado de bacalhau, em peixes como truta e salmão, no leite e em cereais enriquecidos com vitamina D. A maioria das pessoas precisa de pelo menos 600 unidades internacionais (UI)/dia. Essa recomendação aumenta para 800 UI/dia após os 70 anos.

Caso não haja outras fontes de vitamina D ou exposição ao sol, é provável que a suplementação seja necessária.



Fonte: Mayo Clinic

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