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Mais de 1 bilhão de obesos no mundo: como reverter esta epidemia?

Foto do escritor: Monica KulcsarMonica Kulcsar
Imagem de aglomeração de pessoas

Novos medicamentos e abordagens oferecem boas perspectivas.


Mas é preciso força de vontade e determinação para mudanças comportamentais drásticas

  


Publicado recentemente na revista The Lancet, uma análise global em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que pela primeira vez na história mais de 1 bilhão de obesos vivem no mundo. A doença mais do que dobrou entre adultos e quadruplicou entre crianças e adolescentes de 1990 a 2022.

 

Segundo a análise, os números de indivíduos com baixo peso reduziu em todas as faixas etárias, o que significa que a obesidade se tornou a forma mais comum de má nutrição. Vale destacar que hoje a obesidade já é considerada uma epidemia, reflexo especialmente do estilo de vida moderno, com ampla oferta de alimentos de alto valor calórico e baixo teor nutritivo, grande sedentarismo, maior ingestão de bebidas alcoólicas e uso excessivo de telas, que inicia cada vez mais cedo entre as crianças.

 

Quando todos estes agravantes são parte da rotina de indivíduos com predisposição genética para a condição, a obesidade torna-se ainda mais perigosa.

 

Diante desse cenário, a prevenção da obesidade deve ser a principal estratégia adotada, bem como o tratamento, incluindo mudança no estilo de vida e acesso a medicamentos, sempre que necessário.  

 

Perspectivas para o futuro

 

Duas novas classes de medicamentos, que ainda não são comercializados no Brasil, podem auxiliar o controle da doença.

 

O mais novo, ainda em fase de testes para obesidade, chamado amycretin, tem revelado maior perda de peso em comparação com outros já comercializados para o mesmo fim. Um estudo clínico de Fase I (já feito em humanos) mostrou perda de peso de mais de 13% após 12 semanas.

 

Outro medicamento, já aprovado no Brasil e que aguarda precificação pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos para chegar às prateleiras, é a a tirzepatida.

 

Com a promessa de perda de até 30% do peso corporal, o novo medicamento já é comercializado nos Estados Unidos. Originalmente desenvolvido para o controle do diabetes, a tirzepatida ainda passa por estudos para o tratamento da obesidade, apneia do sono, esteatose hepática, doença renal crônica e insuficiência cardíaca.

 

O mecanismo de ação deste medicamento foi desenvolvido a partir de estudos sobre os resultados com pacientes que foram submetidos à cirurgia bariátrica.

 

Vale destacar que assim como qualquer medicamento, é preciso responsabilidade e orientação médica para o uso de medicamentos com o objetivo de perda de peso, pois há efeitos colaterais e riscos. Sem a correta indicação e acompanhamento, estes tratamentos podem ser ineficazes ou até mesmo perigosos. 

 

Entenda a diferença

 

Existem atualmente quatro principais classes de medicações auxiliares para emagrecer no mercado brasileiro. Confira quais são e como agem:

 

- inibidores da absorção de gordura: reduzem a absorção de calorias, porque parte do que se come na forma de gordura passa a ser eliminado nas fezes. Podem, no entanto, provocar diarreia.

 

- medicações inibidoras de apetite: provocam um aumento de neurotransmissores cerebrais (serotonina, noradrenalina, dopamina e outros), que levam a uma redução da fome e/ou da vontade de consumir alimentos mais calóricos, como doces. Tais medicações podem também ter algum efeito benéfico sobre o metabolismo.

 

- medicações anticompulsão alimentar: utilizadas nas áreas de psiquiatria e neurologia, para a redução da ansiedade e compulsividade pela comida.

 

- medicações de ação periférica: substâncias descobertas a partir de estudos com pessoas submetidas à cirurgia bariátrica. Auxiliam a perda de peso, sobretudo porque lentificam a digestão, permitindo a saciedade com menos quantidade de comida.

 

 

 

 


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